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Artigos

Os Atuais Ciclos Planetários e a Grande Mutação de 2020

Autor(a):

Celisa Beranger

em

12 de setembro de 2015

OS ATUAIS CICLOS PLANETÁRIOS

Quadratura Decrescente Júpiter/Saturno

Oposição Júpiter/NetunoTrígono Decrescente Júpiter/Plutão

Quadratura Decrescente Saturno/Netuno


A quadratura Urano/Plutão, tendo encerrado o sétimo aspecto exato em março passado, não se encontra na lista acima, porém se mantém atuante porque o último aspecto marcou o mapa do Equinócio de Áries de 2015 e, desta forma, se mantém até o próximo Equinócio, em 2016. A atuação da quadratura foi constatada em julho, quando Sol e Marte, em Câncer, formaram com ela uma quadratura T. Durante a permanência dessa figura, ocorreram diversos atentados e demonstrações de violência, tensões e protestos. Em janeiro de 2016 a quadratura Urano/Plutão fará sua última aproximação, menos de 1º.  O Sol irá mobilizá-la e, também a Lua.


Após seis anos de crise econômica, conflitos armados e ameaças, extremismo, terrorismo, desastres naturais e muita anormalidade, deverão ocorrer ajustes às novas circunstâncias. Poderão se apresentar mais chances de solução para os problemas surgidos nos últimos seis anos e haverá uma certa redução do impacto e dramaticidade das condições que foram vivenciadas. Até o final da década, nem a economia nem os mercados voltarão a crescer como antes do início da crise no final de 2008. O quadro político também não será animador, mas deveremos constatar um certo movimento de retomada.


Individualmente, quem tiver aprendido com este tempo estará agora mais sábio.


A partir do dia 17 (setembro), oposição Júpiter/Netuno, os ciclos decrescentes passam a predominar, sendo 6 em 10. Outros 4 ciclos permanecerão crescentes: Júpiter/Urano, Urano/Netuno, Urano/Plutão e Netuno/Plutão.


A predominância de ciclos decrescentes acentua a baixa do índice cíclico proposto pelo francês André Barbault. O índice é gerado pela distância entre os planetas lentos que, seguramente, vocês conhecem bem porque Adolfo Gerez o utiliza.



Podemos observar no gráfico que, a partir de 2015, a baixa do índice se acentua e atingirá em 2020 o nível mais baixo do século. A partir de então, voltará a ascender em função do começo de três novos ciclos e da aproximação dos 5 planetas dentro de um quarto do zodíaco.


Vejamos agora os ciclos inicialmente listados.


CICLO JÚPITER/SATURNO – Quadratura Decrescente

Este é um ciclo importante sob o ponto de vista da evolução social, política e econômica. Antes da descoberta de Urano, Netuno e Plutão este ciclo era designado como marcador do tempo. Júpiter e Saturno eram denominados como Cronocratores, não apenas em função do ciclo de 20 anos de uma conjunção a outra, mas porque um conjunto de 10 conjunções em cada elemento forma um grande ciclo que dura cerca de 800 anos.


O ciclo atual, que teve início em 28 maio de 2000, em 22º 43’ de Touro, encerra a etapa das conjunções no elemento Terra. A etapa teve início em 26 de janeiro de 1842, em 8º54’de Capricórnio; foi interrompida em termos de elemento pelas duas conjunções de 1981em Libra – 04 de março em 8º06º e 24 de julho em 4º 56’. Na segunda etapa desta apresentação abordaremos a questão da mudança de elemento.


O começo do ciclo atual, apresentou uma característica muito especial, pois dias antes da única conjunção exata, em 3 de maio de 2000, ocorreu uma Doriforia (que significa escolta), quando todos os astros visíveis se encontravam no signo fixo de Terra. A participação da conjunção na Doriforia a marcou e fortaleceu, apontando para a importância do simples e natural, importância do nosso planeta, e também a volta à realidade concreta. Em função da quadratura com Urano, em 20º de Aquário, por ocasião da concentração e da conjunção, muitas empresas de internet, sem qualquer apoio na realidade, causaram a derrubada da bolsa Nasdaq de Nova York.




O ciclo atual culminou em 23 de maio de 2010, em 27º53’ Peixes/Virgem dentro do contexto da grande quadratura T daquele ano que, dentre outras coisas, mostrou a magnitude da crise econômica mundial.


O orbe considerado para a quadratura dentro do ciclo é 7º, portanto a atual quadratura decrescente Júpiter/Saturno teve início em julho. O primeiro dos três aspectos exatos ocorreu em 03 de agosto, em 28º17’ de Leão/Escorpião. Além do envolvimento dos pessoais Mercúrio e Vênus, em conjunção com Júpiter, também Plutão exacerbava a quadratura uma vez que, simultaneamente, Júpiter estava em sesquiquadratura e Saturno em semiquadratura, ambas decrescentes. Podemos constatar que os aspectos exatos dos três ciclos ocorreram em datas muito próximas:


Júpiter/Saturno – 03 de agosto em 28º17’ Leão/Escorpião,

Júpiter/Plutão – 04 de agosto em 28º34’ Leão/Capricórnio

Saturno/Plutão – 13 de agosto 28º23’ Escorpião/Capricórnio.


De uma maneira geral, podemos dizer que o significado da quadratura do ciclo Júpiter/Saturno indica que, na ocasião, o potencial e realização não interagem. Obstáculos ao desenvolvimento são causados por falta de planejamento, desatenção aos detalhes ou às leis, especialmente nas questões representadas por Júpiter, tais como as migrações (um grave problema atual), os negócios mundiais, a educação e a religião.


Coletivamente, a quadratura indica dificuldades para promover progresso e expansão porque há leis que precisam ser alteradas e mudanças que precisam ser efetuadas, mas falta um planejamento claro, atenção aos detalhes e respeito às leis vigentes. Um lado puxa para revisão e mudanças necessárias, mas outro lado resiste até que, em função das consequências, a revisão ocorra.


Porém, caso a revisão não ocorra, pode gerar desestruturação social ou política, ruptura de alianças e tratados e ainda problemas econômicos.


Os aspectos desarmônicos do ciclo costumam desfavorecer os mercados causando queda nas bolsas, como ocorreu entre o final de julho e começo de agosto.


A chave para a quadratura é o funcionamento em termos dos significados de Saturno: paciência, cautela, planejamento, esforço e visão de longo prazo.


Outra questão do ciclo Júpiter/Saturno é a respeitada indicação do francês André Barbault com relação ao ciclo estar diretamente relacionado ao desenvolvimento da Europa. Por este motivo, a quadratura pode indicar mais um problema na União Europeia, em função das disparidades existentes. Em julho constatamos o esforço da Comunidade para manter a Grécia na zona do euro, uma vez que sua saída poderia ser seguida por outros países também hostis à moeda única]. A crise continua e em 20 de agosto o primeiro ministro grego apresentou sua demissão e convocou novas eleições.


Embora não utilizando a moeda, no próximo ano a Grã-Bretanha promoverá um plebiscito para decidir se permanecerá ou não na Comunidade Europeia.


De qualquer modo, os imigrantes e refugiados são atualmente o grande problema da União Europeia, em julho e agosto a situação se agravou. Em 8 meses, mais de 300.000, 40% mais que o registrado em todo o ano de 2014, a maioria da Síria, Afeganistão e Eritréia.


Hungria 102.342.

Grécia 132.240

Itália 91.302


Além do mais, até agosto, ocorreram 3.279 mortes em viajem.


As solicitações de asilo também aumentaram muito em 2015


Alemanha 430.000

França 255.000Suécia 240.000

Itália 140.000

Inglaterra 130.000


O atual ciclo Júpiter/Saturno  também mobiliza os Estados Unidos, uma vez que a astrocartografia mostrou que a conjunção se localizou no Meio do Céu de Washington.


Em 2016 a quadratura terá mais dois aspectos exatos:

O segundo em 23 de março, em 16º24’ de Virgem/Sagitário, será fortemente mobilizado pelo eclipse Total do Sol do dia 08 de março, em 18º56’ de Peixes, fazendo com ela uma quadratura em T.


O terceiro, em 26 de maio, em 13º41’ de Virgem/Sagitário, será mobilizado na despedida pela Lua Nova de 05 de junho em 14º53’ de Gêmeos.


Por este motivo podemos afirmar que a quadratura está atuante entre julho de 2015 e junho de 2016.


CICLO JÚPITER/NETUNO – Oposição

Em 11 de agosto Júpiter entrou no signo de Virgem, fez sesquiquadratura com Urano e iniciou a única oposição exata com Netuno, 17 de setembro, em 07º58’ Virgem/Peixes, mas a oposição voltará a aproximar-se entre abril e maio de 2016. O orbe sugerido para a oposição é 8º.


O ciclo dura 13 anos e teve início em 2009 com três conjunções em Aquário: 27 de maio em 26º29’, 10 de julho em 26º02’ e 21 de dezembro em 24º18’.


O ciclo possui um contexto humanitário, mas também ideológico e idealista, com uma grande dose de credulidade. Este contexto promoveu a ideia de que a crise econômica instaurada no final de 2008 não seria grave. Porém, surgiu outra questão ainda mais problemática, a “pandemia da gripe A”, depois denominada “influenza A”.


Em função do que ocorreu em 2009, em 2014 apontamos o risco de epidemia devido a dois aspectos menores do ciclo, a sesquiquadratura e o quincunce. Em julho/agosto, no período do quincunce, a epidemia do “ebola” se desenvolveu rapidamente na África.


A oposição é a culminação do ciclo, a ideia inicial é confrontada com a necessidade de conciliar as possibilidades dos dois significados planetários; neste ciclo, o idealismo é inflacionado, levando a esperanças irreais de crescimento, excessos e também escândalos. Porém o risco de epidemia está presente, especialmente em função dos antecedentes.


A Lua cheia de 29 de agosto, em 06º06 de Peixes, mobilizou a oposição que também está sendo ativada pelo eclipse Parcial do Sol, amanhã (em 20º de Virgem). Sabemos que em termos coletivos os eclipses são marcantes, mas a oposição exata, dia 17, em 07º58’ de Virgem/Peixes é uma marca do eclipse.


O americano Raymond Merriman chamou atenção para o fato da oposição ativar o grau da conjunção Netuno/Plutão de 1891 (02 de agosto  em 8º38’)  e 1892 (30 de abril em 7º42’) em Gêmeos.


Sem levar em conta o grande ciclo Júpiter/Saturno, Netuno e Plutão constituem o mais longo dos ciclos, com duração de 493 anos. Sendo o mais longo o ciclo é muito importante em termos de grandes etapas para a civilização, especialmente em termos políticos e econômicos.


O grau da conjunção de um ciclo é carregado com os significados dos planetas que a formam. Após a conjunção, quando planetas lentos formam aspectos com estes graus, em especial os desarmônicos, o efeito é similar à formação de aspectos com os planetas da conjunção.


Netuno ativou o grau da conjunção, quando ocorreram importantes problemas econômicos:


Entre 1931 e 1933, em Virgem, no auge da forte depressão.


Entre 1973 e 1975, em Sagitário, no meio da crise do petróleo, que levou a uma grave depressão.


A nova ativação em 2014 e 2015 confirmou que os tempos são críticos para a política e a economia mundiais.


Além das questões econômicas, quando os significados de Netuno e Plutão são ativados, costumam promover escândalos que trazem à tona publicamente fatos antes ocorridos (no Brasil temos o Lava-Jato e no exterior, dentre outros, o banco HSBC) Sem dúvida, o envolvimento do ciclo Júpiter/Netuno ressalta a possibilidade de escândalos.


Países com posições no grau ativado pela oposição serão mobilizados. Argentina com Urano em 7º52’ de Sagitário e possivelmente os EUA com Urano em 8º55’ de Gêmeos.  Surpresas e reviravoltas confusas podem ocorrer. Também no Irã, com Saturno no grau 8 de Virgem no mapa da Proclamação da República Islâmica, algo poderá ocorrer.


Sabemos que, quando um país possui em seu mapa um dado ciclo, o movimento do ciclo o mobiliza. Por este motivo, a França também deverá ser ativada porque apresenta a conjunção Júpiter/Netuno, no mapa da Vª República (06 de outubro de 1958 às 18:30h – Paris), geralmente utilizado para representar o país.


De qualquer modo, com o Sol em 12º57’ e Mercúrio em 13º51’, a França foi mobilizada pela quadratura Urano/Plutão e continua a ser mobilizada pela quadratura de Plutão. Este ano o país sofreu dois atentados terroristas, um em janeiro e outro em junho, e em agosto três americanos impediram um terceiro.



Outra questão relacionada à oposição Júpiter/Netuno é um certo clima de quadratura T que reforça a possibilidade de escândalos, a partir do retorno de Saturno a Sagitário, na mesma data da oposição, 17 de setembro. Na verdade, a quadratura T exata não ocorrerá. Porém, o clima estará presente no Equinócio de Libra e voltará a apresentar-se entre abril e maio de 2016.


CICLO JÚPITER/PLUTÃO – TRÍGONO DECRESCENTE

Júpiter/Plutão é o único ciclo com aspecto harmônico e sucederá a oposição Júpiter/Netuno.


O ciclo tem a duração de 12 anos e teve início em 11 de dezembro de 2007, em 28º24’ de Sagitário. Este ciclo desenvolve a renovação social, mas como indicou Charles Carter, também tem impacto sobre a economia. Pelo menos em parte, o ciclo atual é considerado como responsável pela exacerbação econômica que levou à crise que estourou em 2008.


A culminação ocorreu em Câncer/Capricórnio: 07 de agosto de 2013, em 9º26’, 31 de janeiro, em 12º17’e 20 de abril de 2014 em 13º34’.


O trígono decrescente do ciclo favorece a reconstrução social através da reforma de leis e possibilita a renovação política e econômica.


Atuando desde meados de setembro, o trígono (orbe 7º) aparece no Eclipse Parcial do Sol de amanhã (13 de setembro), mas sua marca mais forte é no Eclipse Total de Lua dia 27, em 4º de Áries.


O aspecto exato será em 11 de outubro, em 13º03’ de Virgem/Capricórnio.


O trígono Júpiter/Plutão continuará em 2016, quando ocorrerão mais dois aspectos exatos em Virgem/Capricórnio. O segundo contato será em 16 de março, em 17º13’, simultâneo à segunda quadratura Júpiter/Saturno. Portanto, ambos serão mobilizados pelo eclipse Total do Sol do dia 08 de março, em 18º56’ de Peixes. Esperamos que de algum modo o trígono possa promover um alivio da tensão através da reforma de leis sociais.


O terceiro trígono exato ocorre em 26 de junho, em 16º29’ de Virgem/Capricórnio, um mês após a última quadratura Júpiter/Saturno, e também poderá ter um efeito mais positivo.


Desta forma, o aspecto estará atuante até julho de 2016.


CICLO SATURNO/NETUNO – QUADRATURA DECRESCENTE

É curioso lembrar que, na ocasião da descoberta de Netuno, 23/12/1846 em 25º57’ de Aquário, Saturno se separava da terceira conjunção exata com Netuno, ocorrida em 11 de dezembro. Portanto, Netuno foi descoberto no começo de um novo ciclo com Saturno.



Em função desta conjunção, podemos entender o porquê de Netuno ter sido descoberto por um preciso cálculo matemático, uma vez que um dos temas do ciclo Saturno/Netuno é a exploração no campo da ciência.


Cada ciclo Saturno/Netuno dura da ordem de 36 anos. No livro Hymns to the Ancient Gods, o inglês Michael Harding apresenta uma excelente pesquisa das conjunções Saturno/Netuno ocorridas entre 734 e 1989, a cada 36 anos, apresentando os acontecimentos marcantes do período de cada uma das conjunções, concluindo que as principais questões do ciclo são:


Construções – igrejas e pontes


Invenções e explorações no campo da ciência – 1666, Newton estabelece as leis da gravidade; 1846, é publicada a Teoria de Faraday que para muitos levou à fundação da física moderna; 1883, estabelecimento de GMT e dos fusos horários; 1953, construção de grandes telescópios.


Justiça social.


Pandemias – 1918, epidemia mundial de influenza mata 20 milhões.


Religião – especialmente o Cristianismo – 1559, Igreja da Inglaterra formalmente estabelecida; 1522, Martinho Lutero publica O Novo Testamento; 1666, grande cisma com a Igreja russa;1739, fundação do Metodismo.


Saúde – em 1809 Samuel Hahnemann formula a Teoria da Homeopatia; 1882, descoberta do bacilo da tuberculose; 1916, Rocha Lima isola o bacilo do tifo; 1952 imunização em massa contra pólio.


Dissolução de fronteiras políticas – 1989, queda do muro de Berlim e dissolução da URSS.


Revoluções – 1848, denominado o ano das revoluções que chocou toda a Europa; 1917 revolução russa.


Harding concluiu também que as conjunções formam uma série complexa entrelaçada de padrão cruciforme, um grupo de quatro conjunções distantes 288 anos uma da outra (tempo de 8 conjunções) forma um grande quadrado perfeito que possui um tema comum. A última conjunção, em 1989, participa de um conjunto constituído também pelas conjunções de 1127, 1415 e 1703 no qual flui o tema de fronteiras políticas. Por exemplo, na conjunção de 1703, Inglaterra e Escócia se unem sob o rei James I.



Porém, um dos problemas do tema fronteiras políticas e sua dissolução é o das incursões invasivas, muito perigosas no atual momento.


O ciclo Saturno/Netuno enfatiza o abandono do que é valorizado em termos mundanos em prol de um ideal mais elevado. Harding concorda com o enfoque de André Barbault que relaciona o ciclo a movimentos políticos que representam a necessidade de construir uma sociedade de ideais elevados, levando ao socialismo e especialmente ao comunismo. O ciclo marcou as principais fases do comunismo.


Harding enfatiza a afirmação de André Barbault com relação ao desenvolvimento dos últimos ciclos ter mobilizado a Rússia e depois a União Soviética. Na conjunção de 1848, o Manifesto Comunista; na de 1881, a criação do partido comunista russo; na de 1917, a revolução russa; em 1953, a morte de Stalin e, após a tríplice conjunção de 1989, envolvendo Urano, o desmoronamento da União Soviética.


Especialmente as quadraturas se mostraram cruciais para a Rússia, indicando a necessidade de superar situações conflitivas, como a crise dos mísseis de Cuba em 1963. Na quadratura crescente do ciclo atual, em 1998, Boris Yeltsin teve que entregar o poder a Vladimir Putin, dando início a um novo ciclo para o Kremlin. O primeiro ato de Putin foi desencadear a segunda guerra contra a Chechênia.


No começo da atual quadratura, em 12 de fevereiro, Vladimir Putin teve que ceder às pressões de François Hollande e Angela Merkel e concordou com o cessar fogo na Ucrânia.


Sabemos que Putin busca a regeneração moral da Rússia e se considera destinado a cumprir este papel histórico e messiânico promovendo o ressurgimento do país como potência assertiva e agressiva.


Sem dúvida, os três aspectos da  quadratura decrescente trarão novas questões, possivelmente envolvendo mais uma vez a Ucrânia e ameaçando os valores e princípios da União Europeia.


O espanhol Vicente Cassanya apresentou no 32º Congresso Ibérico, em junho passado, a palestra ”Los Grandes Ciclos Actuales e el Tercer Imperio Ruso” na qual cita  que Vladimir Putin presenteia com entusiasmo a seus funcionários com o livro “El Tercer Imperio: la Rusia que debería ser”, de Mikhail Yuryev, publicado na oposição Saturno/Netuno de  2006.


O livro desenvolve uma visão utópica da Rússia que se instaura em 2054 segundo os valores da Igreja Ortodoxa e sob a liderança de um tal Vladimir II, o Restaurador.  Vicente Cassanya afirma que Putin empreende uma cruzada para construir o terceiro império russo, mas no conceito de Moscou, como a terceira Roma, após Constantinopla.


Cassanya demonstra que, pelo menos desde o século XVIII, a intervenção do ciclo Saturno/Netuno na história da Rússia leva a uma poderosa e enigmática combinação de poder e religião ou esoterismo.


O papel atual de Vladimir Putin na política mundial é relevante. Podemos observar em seu mapa a conjunção Saturno/Netuno/Sol e a ativação pela quadratura Urano/Plutão, o Sol ainda ativado por Plutão e Saturno por Urano.



O ciclo atual Saturno/Netuno teve início em três conjunções ocorridas em 1989 em Capricórnio: 03 de março em 11º55’, 24 de junho em 11º14’ e 13 de novembro em 10º22’.


A culminação do ciclo, em Leão/Aquário, também ocorreu em três datas: 31 de agosto de 2006 em 17º53’, 28 de fevereiro de 2007 em 20º15’ e 25 de junho de 2007 em 21º47’.


A quadratura decrescente Saturno/Netuno começou a apresentar-se em dezembro de 2014, com a entrada de Saturno em Sagitário, e esteve vigente entre o final de 2014 e o começo de 2015. Volta a se apresentar a partir do Eclipse Total da Lua, em 27 de setembro, agora a caminho de seu primeiro aspecto exato em 26 de novembro, em 7º de Sagitário/Peixes, portanto no mesmo grau da oposição Júpiter/Netuno, o que será desfavorável à política e à economia.


Portanto, também o ciclo Saturno/Netuno ativa o grau da conjunção Netuno/Plutão (e o Urano da Argentina e dos EUA).


Netuno dissolve limites, estruturas e regras, mostrando que um mundo sólido e seguro é pura ilusão. Saturno confronta as ilusões e desmascara o engano, causando decepção e pessimismo.


A quadratura promove incertezas e temores provocando dúvidas com relação ao que é ou não real, causando confusão e podendo até levar ao caos.


Na verdade, é preciso considerar que a realidade pode ter duas versões, mas ambas precisam ser levadas em conta para criar um equilíbrio.


No coletivo, a quadratura promove o confronto de ilusões e desmascara os enganos, expondo a inconsistência de sistemas e regimes, levando ao colapso de figuras de autoridade (como ocorreu com a diretoria da FIFA no início do ano), desmoralizando líderes políticos ou espirituais ineficazes e sem integridade, causando escândalos, decepções e pessimismo.


Estas condições vêm ocorrendo no Brasil porque o mapa de posse de nossa presidente, que corresponde ao mapa de seu governo, apresenta a quadratura formando quadratura T com a Lua, que representa o povo e a opinião pública.




É interessante considerar que também a Petrobrás, fonte dos escândalos que vem levando à prisão políticos e empresários de renome nacional e internacional, foi fundada no início do ciclo anterior Saturno/Netuno (03/10/1953 por volta das 18:30h). Portanto, o mapa responde aos aspectos do ciclo – “o acima como o abaixo”.


Sem dúvida, as pandemias também estão relacionadas com os momentos mais tensos do ciclo Saturno/Netuno e estamos neste risco, até porque o envolvimento de Júpiter formando a quadratura T o reforça.


No individual, respondem ao ciclo as pessoas que nasceram em uma de suas etapas, especialmente as desarmônicas, que ocorrem a cada 9 anos, considerando que o ciclo total dura 36 anos. Quando os planetas formam um aspecto no céu, estas pessoas podem entrar em uma fase de desafios; ao mesmo tempo, também podem surgir oportunidades para buscar caminhos mais construtivos para a utilização do aspecto natal.


O caminho construtivo leva a distinção entre fantasia e realidade, procurando encarar condições difíceis com tranquilidade e aprendendo a organizar as condições confusas que possam apresentar-se.


Os anos dos aspectos desarmônicos anteriores e, portanto, das pessoas que respondem ao ciclo são:


1936/1937, 1944/1945, 1952/1953, 1963, 1971/1972, 1979/1980, 1989, 1998/1999, 2006/2007.


Entretanto, nem todas as pessoas nascidas nestes anos possuem o aspecto porque não estamos apresentando o período exato, apenas a duração aproximada do aspecto.


A GRANDE MUTAÇÃO DE 2020

André Barbault afirma que em 2020 a humanidade terá o segundo choque do século – o primeiro foi a crise econômica que se expressou abertamente na quadratura T de 2010.


Em 2020 o índice cíclico alcança seu ponto mais baixo. Nessa ocasião, 07 dos 10 ciclos estarão descendentes. Além do mais, os cinco planetas lentos chegam a uma aproximação de menos de 100º e esta aproximação é sempre importante.


O ano de 2020 começa com a conjunção exata Saturno/Plutão, no dia 12 de janeiro em 22º46’ de Capricórnio. Júpiter estará próximo e logo fará conjunção com Plutão; assim, o encontro destes três planetas em Capricórnio pode ser considerado como uma conjunção tríplice. Na ocasião, Sol, Mercúrio e também o Nodo Sul estarão em Capricórnio e se formará um stellium.



As conjunções tríplices são sempre relevantes, como ocorreu em 1989 com Saturno, Urano e Netuno em Capricórnio; citado na abordagem da quadratura Saturno/Netuno, quando o quadro político mundial mudou radicalmente, inclusive em termos de fronteiras,  com a dissolução da União Soviética.


Em 1997 a tríplice conjunção Júpiter, Urano e Netuno, entre Capricórnio e Aquário, promoveu uma capital mudança social progressista, ocasionada principalmente pela revolução informática. A conexão com a internet possibilitou a entrada individual num contexto mundial.


De qualquer modo, os dois ciclos que têm início no começo de 2020, Saturno/Plutão e Júpiter/Plutão, são importantes. Saturno/Plutão faz uma única conjunção exata e Júpiter/Plutão três, entre abril e novembro – 24º53’, 24º06’ e 22º52’. É interessante observar que a última das três conjunções Júpiter/Plutão ocorre no mesmo grau da conjunção Saturno/Plutão, reforçando a ideia da tríplice conjunção.


CICLO SATURNO/PLUTÃO

O atual ciclo Saturno/Plutão, que teve início em 1982, 27º de Libra, acaba de fazer uma semiquadratura decrescente. O ciclo dura entre 32 e 37 anos, dependendo do movimento irregular de Plutão.


O novo ciclo, que começa em janeiro de 2020, indica mudanças na estrutura política mundial visando a retificação de erros e abusos. O ciclo também está relacionado à economia e um novo começo indica o fim de uma retração econômica. A questão dos débitos, especialmente por parte dos governos, com seus consequentes déficits, deverá ser revertida. Porém, no começo do ciclo a economia pode não crescer ou o crescimento ainda será pequeno.


O ciclo Saturno/Plutão costuma reverberar na China e este terá um reforço porque a conjunção ocorre no grau do Júpiter da China Nacionalista.


CICLO JÚPITER/PLUTÃO

Quanto ao ciclo Júpiter/Plutão, dura 12 anos e uma nova conjunção indica renovação política e social, favorecendo a reconstrução através da reforma de leis. Este ciclo também tem impacto sobre a economia e favorece seu crescimento.


Com o novo ciclo Saturno/Plutão, junto à tríplice conjunção, não deverá ocorrer a tendência aos excessos do ciclo Júpiter/Plutão (iniciado em dezembro de 2007 em 28º de Sagitário), que atualmente está no trígono decrescente.


CLIMA CARDINAL

Entre 17 de fevereiro e 22 de março de 2020, Marte também estará em Capricórnio, portanto neste período quatro planetas exteriores formarão um stellium. Isto lembrará ainda mais o encontro de 1989/1990, embora este tenha sido mais forte porque, além de Saturno, os transaturninos eram 2, Urano e Netuno.


Sem dúvida, com Capricórnio mobilizado, um forte clima cardinal se apresenta colocando em pauta questões políticas relacionadas a poder. Este clima, no começo de novos ciclos, poderá indicar o declínio de um Ocidente superado pela Ásia e, apesar da desaceleração atual da China, pode indicar a possível supremacia deste país com relação aos EUA, há anos prevista pela Astrologia, com a concordância de economistas.


De qualquer modo, com Saturno e Plutão em Capricórnio, podemos considerar que a natureza também mostrará sua força.


Outra condição extremamente relevante em 2020 é uma nova conjunção Júpiter/Saturno. Citamos no começo que o ciclo em vigor, atualmente na quadratura decrescente, encerra uma etapa de conjunções no elemento Terra. A nova conjunção, com um único aspecto exato em 21 de dezembro de 2020, em 0º29’ de Aquário, abre um ciclo de 9 ou 10 conjunções no elemento ar.


No mapa da conjunção, desenhado para Greenwich, podemos observar a presença de Plutão em 23º51’ de Capricórnio, portanto no final da conjunção com Saturno e Júpiter. Urano em 6º57’ de Touro, anuncia as próximas quadraturas decrescentes de Júpiter e Saturno.


Considerando que a passagem das conjunções pelos quatro elementos dura cerca de 800 anos, neste contexto Júpiter/Saturno se torna o ciclo mais longo, uma vez que o ciclo Netuno/Plutão dura 493 anos.


Portanto, o grande ciclo Júpiter/Saturno pode ser considerado como pano de fundo em termos sociais, políticos e econômicos. Deste modo, a passagem de Terra para Ar indica uma mudança de orientação no mundo, uma nova era em termos sociais, políticos e econômicos.


O ciclo de conjunções Júpiter/Saturno no elemento Terra durou de 1842 a 2020, marcando quase 180 anos de política materialista, territorial, financeira e dominadora.


O ciclo no elemento Terra foi  marcado pelo desenvolvimento do capitalismo, a luta de classes de um capitalismo selvagem e de um proletariado trabalhador, mas também pelo florescimento da Democracia.


A meu pedido, Silvia Ceres enviou um resumo do que apresentou no 4º Encontro de Astrologia Global de março passado, e que se constitui numa ótima visão quanto ao tema do ciclo de Terra:


“las  consecuencias sociales de la revolución industrial: mejor estándar de vida,  desplazamiento de grandes masas de población del campo a los centros urbanos en busca de nuevos empleos, crecimiento de la educación pública, afianzamiento de la burguesía, expansión imperial de Europa sobre África y Oriente Medio, buscando materias primas y nuevos mercados, organización social disciplinaria para dominar grandes masas de poblaciones: escuelas, fábricas, cárceles, hospitales. Es un periodo de expansión para lograr supremacía sobre países e individuos”.


A respeito da  América Latina, Silvia afirmou:


“nuestra historia transcurrió en el marco de las conjunciones en Tierra: latifundios, exportación de materias primas, guerras territoriales, etc.”


Uma vez que o ciclo de Terra marcou a ascensão dos EUA como potência de destaque mundial, deverá ocorrer uma mudança de país na supremacia mundial, reforçando a indicação da tríplice conjunção em Capricórnio.


As conjunções Júpiter/Saturno apresentam outra condição que independe da mudança de elemento: a indicação da mudança de líderes em muitos governos, seja por eleição ou outra condição, inclusive assassinato, como foi o caso de John Kennedy nos EUA.


Ainda com relação a lideres, o americano Raymond Merriman lembrou que nas proximidades das conjunções Júpiter/Saturno costumam ser eleitos líderes de importância mundial. Citando três exemplos: John Kennedy e Ronald Reagan nos EUA e Vladimir Putin na Rússia. Por este motivo, podemos considerar que um novo e poderoso líder deverá surgir nas proximidades da conjunção de 2020.


A Europa, como citamos antes, em ressonância com o ciclo Júpiter/Saturno, deverá ser colocada à prova ou a Comunidade Europeia terá que passar por mais uma revisão importante.


A Argentina poderá ter um papel de relevo no novo ciclo porque, como ocorreu com os EUA no ciclo iniciado em 2000, a astrocartografia mostra que, para Buenos Aires, a conjunção se localiza no Meio do Céu, portanto após as mudanças indicadas pela atual mobilização do Sol por Urano em trânsito, e no próximo ano de Plutão, no começo da nova década poderá ocorrer uma mudança de liderança ou de estilo de governo no país e mudanças significativas de condições em nível social e econômico.


Coletivamente, podemos supor que a mudança do elemento Terra para Ar das conjunções Júpiter/Saturno deve levar à valorização do humano e do intelecto. O próprio mundo político deverá sobrepor o humano ao material, o intelecto ao dinheiro. Sem dúvida, isto será muito favorável para a humanidade.


A tendência da Astrologia Mundana é projetar para a frente. Desde 2010 temos citado a mutação de 2020, e agora vamos abordar uma nova mutação mencionada dois anos atrás por André Barbault.


A partir de 2020 o índice cíclico sobe como uma flecha até 2029. Como podemos constatar, esta será a ascensão mais acentuada do século. Uma condição importante ocorre em 2026, quando nove dos dez ciclos planetários estarão ascendentes. Podemos recordar que, no pico de dez ciclos de 2000, a economia mundial alcançou uma taxa de crescimento de 4,6%. Também foi em 2000 que o código genético começou a ser decifrado.


Além disso, em 2026 ocorrerá uma nova conjunção Saturno/Netuno, em 0º45’ de Áries. Urano em Gêmeos, no grau 4, fará o primeiro trígono do ciclo com Plutão, que estará em Aquário, portanto ambos estarão em orbe de sextil com Netuno. Júpiter em Leão estará à frente dos outros quatro lentos.


É possível considerar uma mutação positiva e progressista da humanidade através de inovações e descobertas que levam a avanços e melhora de condições para a humanidade. Portanto, a perspectiva futura é boa.


Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2016.


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